array(63) { ["SERVER_SOFTWARE"]=> string(6) "Apache" ["REQUEST_URI"]=> string(41) "/instituto/idorcancer-cenario-brasileiro/" ["PHP_PATH"]=> string(24) "/opt/bitnami/php/bin/php" ["FREETDSLOCALES"]=> string(0) "" ["FREETDSCONF"]=> string(0) "" ["OPENSSL_ENGINES"]=> string(31) "/opt/bitnami/common/lib/engines" ["OPENSSL_CONF"]=> string(39) "/opt/bitnami/common/openssl/openssl.cnf" ["SSL_CERT_FILE"]=> string(52) "/opt/bitnami/common/openssl/certs/curl-ca-bundle.crt" ["CURL_CA_BUNDLE"]=> string(52) "/opt/bitnami/common/openssl/certs/curl-ca-bundle.crt" ["LDAPCONF"]=> string(42) "/opt/bitnami/common/etc/openldap/ldap.conf" ["GS_LIB"]=> string(43) "/opt/bitnami/common/share/ghostscript/fonts" ["MAGICK_CODER_MODULE_PATH"]=> string(60) "/opt/bitnami/common/lib/ImageMagick-6.9.8/modules-Q16/coders" ["MAGICK_CONFIGURE_PATH"]=> string(73) "/opt/bitnami/common/lib/ImageMagick-6.9.8/config-Q16:/opt/bitnami/common/" ["MAGICK_HOME"]=> string(19) "/opt/bitnami/common" ["PATH"]=> string(260) "/opt/bitnami/apps/wordpress/bin:/opt/bitnami/varnish/bin:/opt/bitnami/sqlite/bin:/opt/bitnami/php/bin:/opt/bitnami/mysql/bin:/opt/bitnami/letsencrypt/:/opt/bitnami/apache2/bin:/opt/bitnami/common/bin:/usr/local/sbin:/usr/local/bin:/usr/sbin:/usr/bin:/sbin:/bin" ["USER"]=> string(6) "daemon" ["HOME"]=> string(9) "/usr/sbin" ["SCRIPT_NAME"]=> string(10) "/index.php" ["QUERY_STRING"]=> string(0) "" ["REQUEST_METHOD"]=> string(3) "GET" ["SERVER_PROTOCOL"]=> string(8) "HTTP/1.0" ["GATEWAY_INTERFACE"]=> string(7) "CGI/1.1" ["REDIRECT_URL"]=> string(41) "/instituto/idorcancer-cenario-brasileiro/" ["REMOTE_PORT"]=> string(4) "9019" ["SCRIPT_FILENAME"]=> string(44) "/opt/bitnami/apps/wordpress/htdocs/index.php" ["SERVER_ADMIN"]=> string(15) "[email protected]" ["CONTEXT_DOCUMENT_ROOT"]=> string(34) "/opt/bitnami/apps/wordpress/htdocs" ["CONTEXT_PREFIX"]=> string(0) "" ["REQUEST_SCHEME"]=> string(4) "http" ["DOCUMENT_ROOT"]=> string(34) "/opt/bitnami/apps/wordpress/htdocs" ["REMOTE_ADDR"]=> string(13) "15.228.69.178" ["SERVER_PORT"]=> string(2) "80" ["SERVER_ADDR"]=> string(11) "172.26.1.14" ["SERVER_NAME"]=> string(13) "54.225.48.228" ["SERVER_SIGNATURE"]=> string(0) "" ["LD_LIBRARY_PATH"]=> string(410) "/opt/bitnami/sqlite/lib:/opt/bitnami/mysql/lib:/opt/bitnami/apache2/lib:/opt/bitnami/common/lib:/opt/bitnami/sqlite/lib:/opt/bitnami/mysql/lib:/opt/bitnami/apache2/lib:/opt/bitnami/common/lib:/opt/bitnami/varnish/lib:/opt/bitnami/varnish/lib/varnish:/opt/bitnami/varnish/lib/varnish/vmods:/opt/bitnami/sqlite/lib:/opt/bitnami/mysql/lib:/opt/bitnami/apache2/lib:/opt/bitnami/common/lib:/opt/bitnami/common/lib64" ["HTTP_CDN_LOOP"]=> string(10) "cloudflare" ["HTTP_CF_CONNECTING_IP"]=> string(12) "44.221.43.88" ["HTTP_REFERER"]=> string(74) "http://www.rededorsaoluiz.com.br/instituto/idor/cancer-cenario-brasileiro/" ["HTTP_USER_AGENT"]=> string(9) "claudebot" ["HTTP_ACCEPT"]=> string(3) "*/*" ["HTTP_CF_VISITOR"]=> string(22) "{\"scheme\":\"https\"}" ["HTTP_CF_RAY"]=> string(20) "86ba74610cd4200c-GRU" ["HTTP_ACCEPT_ENCODING"]=> string(8) "gzip, br" ["HTTP_CF_IPCOUNTRY"]=> string(2) "US" ["HTTP_TRUE_CLIENT_IP"]=> string(12) "44.221.43.88" ["HTTP_X_AMZN_TRACE_ID"]=> string(40) "Root=1-6605d685-422908da1f5bc0770fe0634c" ["HTTP_X_FORWARDED_PORT"]=> string(3) "443" ["HTTP_CONNECTION"]=> string(5) "close" ["HTTP_X_FORWARDED_PROTO"]=> string(4) "http" ["HTTP_X_FORWARDED_FOR"]=> string(40) "44.221.43.88, 172.71.10.97, 10.247.44.66" ["HTTP_X_REAL_IP"]=> string(12) "10.247.44.66" ["HTTP_X_FORWARDED_HOST"]=> string(25) "www.rededorsaoluiz.com.br" ["HTTP_HOST"]=> string(13) "54.225.48.228" ["SCRIPT_URI"]=> string(61) "http://54.225.48.228/instituto/idorcancer-cenario-brasileiro/" ["SCRIPT_URL"]=> string(41) "/instituto/idorcancer-cenario-brasileiro/" ["REDIRECT_STATUS"]=> string(3) "200" ["REDIRECT_SCRIPT_URI"]=> string(61) "http://54.225.48.228/instituto/idorcancer-cenario-brasileiro/" ["REDIRECT_SCRIPT_URL"]=> string(41) "/instituto/idorcancer-cenario-brasileiro/" ["FCGI_ROLE"]=> string(9) "RESPONDER" ["PHP_SELF"]=> string(10) "/index.php" ["REQUEST_TIME_FLOAT"]=> float(1711658629.5618) ["REQUEST_TIME"]=> int(1711658629) }

Câncer: cenário brasileiro

Câncer: cenário brasileiro

Evento do IDOR em São Paulo reúne especialistas para debater os principais desafios da oncologia no país.

Enfrentar uma doença complexa, em um país diverso e com poucos recursos: essa é uma maneira de descrever, em poucas palavras, o enorme desafio que é o combate ao câncer no Brasil. As particularidades do sistema de saúde brasileiro, os caminhos para a incorporação tecnológica e a importância da informação na oncologia foram alguns dos aspectos discutidos no evento Câncer: Soluções Made in Brasil, realizado em 30 de novembro pelo Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR) e pela Oncologia D’Or, com apoio da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) e da AstraZeneca. Durante uma manhã de bate-papo em São Paulo, especialistas apontaram problemas que precisam ser considerados pelo governo e pelas instituições de pesquisa, ensino, inovação e atendimento em saúde.

“Nós não temos ainda soluções made in Brazil para o câncer, mas, para encontrar soluções, precisamos reconhecer os problemas”, afirmou o oncologista Sergio Simon, presidente da SBOC e um dos coordenadores do evento. A primeira discussão da manhã girou em torno da incorporação de novas tecnologias em saúde, o que esbarra na falta de recursos para pagar por elas. Apesar de o Brasil investir em torno de 10% do PIB na saúde, em um momento de crise econômica, essa fatia não é suficiente se não for gerida de maneira adequada. “A questão do aumento da eficiência do sistema de saúde é crítica”, comentou Gonzalo Vecina, professor da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo.

“Quando se tem pouco dinheiro, o importante é usar bem os recursos que se tem”, concordou Nelson Teich, fundador e ex-diretor do Grupo COI e do Instituto COI de Educação e Pesquisa. “Mas, mesmo com pouco dinheiro, se há eficiência, se entrega muito à sociedade”. Ele sugeriu aos participantes uma reflexão sobre as prioridades de alocação de recursos, trabalhando a qualidade e a equidade no atendimento, bem como a negociação transparente com as indústrias farmacêuticas.

Em apresentação sobre o tratamento do câncer no âmbito da saúde privada, Rogério Scarabel, diretor de Normas e Habilitação dos Produtos da Agência Nacional de Saúde Suplementar, enfatizou que há um desafio prático: oferecer aos usuários de planos de saúde – 47.34 milhões de beneficiários, em setembro de 2018 – o acesso ao tratamento do câncer, de forma sustentável. “As pessoas que pagam querem acesso. E hoje não temos condições de oferecer acesso a todos”, alertou. Uma das soluções sugeridas pelo especialista foi o investimento em medidas de prevenção e detecção precoce da doença.

No setor público, um dos grandes desafios é a incorporação de novos medicamentos e tratamentos oncológicos ao dia a dia dos hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo o coordenador de Atenção Especializada do Ministério da Saúde, Sandro Martins, não há previsão orçamentária para incorporação de novas tecnologias ou procedimentos no SUS, o que dificulta sua disponibilização à sociedade. Ele também manifestou preocupação com a ausência de limiares para decisões baseadas em custo-efetividade e falta de ou falha na comunicação com a sociedade sobre o processo decisório.

Pesquisa e inovação como caminhos

Sobre a incorporação de novas tecnologias, Teich foi um dos palestrantes a destacar a importância de acompanhar de perto cada inovação. “Toda tecnologia deveria ser acompanhada como se fosse um projeto de pesquisa”, sugeriu, enfatizando a importância da criação de bancos de dados nacionais capazes de fornecer subsídios para a tomada de decisão. Denizar Viana, professor da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, também sublinhou que pesquisa em saúde é fundamental para a melhoria da assistência em oncologia no país: “O Brasil precisa investir recursos para descobrir o que funciona no cenário brasileiro”, disse. “Nós baseamos nossas decisões em ensaios clínicos, que são situações muito controladas, mas podem não se aplicar à realidade”.

Apontada por Fábio Franke como possível solução para oferecer tratamentos inovadores, capacitar equipes de saúde e ajudar a encontrar respostas locais para os desafios da oncologia no Brasil, a pesquisa clínica também foi tema de debate. “É uma maneira simples de enfrentar o câncer de forma imediata”, afirmou Franke. Porém, o palestrante destacou que não é fácil atrair ensaios clínicos para o país, em especial por causa das burocracias que dificultam a aprovação e execução dos projetos e tornam o processo muito mais demorado do que em outros países. Embora sugira que a legislação possa sofrer alterações para facilitar e atrair pesquisas clínicas para o Brasil, o especialista afirma que não é uma ação isolada. “Precisamos criar e capacitar centros para receber pesquisas e discutir esse tema no Brasil inteiro”, disse.

Anfitrião e coordenador do evento, Paulo Hoff, um dos diretores do IDOR e presidente da Oncologia D’Or, falou sobre as dificuldades que a atual regulamentação da pesquisa clínica impõe aos pesquisadores que trabalham de forma independente das grandes empresas farmacêuticas. “Quem fez a regulamentação considerou que toda a pesquisa clínica seria patrocinada pela indústria, desconsiderando os projetos que acontecem por iniciativa do investigador e por iniciativa de instituições públicas, por exemplo”, criticou. “As exigências são tão descabidas em relação ao que se tem outros países, que outras áreas, como a radioterapia, que não têm um patrocinador externo, têm muita dificuldade de fazer pesquisa”.

Na avaliação de Miguel Netto, do Instituto Latino-Americano de Gestão em Saúde, o setor de saúde está passando por uma fase de transição em que se valoriza cada vez mais a qualidade do serviço oferecido. “Cada vez mais informadas, as pessoas vão ser capazes de encontrar o serviço que mais entrega valor a elas. Não apenas em São Paulo, não apenas no Brasil, mas no mundo. O ecossistema conecta o serviço diretamente ao paciente”, apostou.

Essa nova lógica, segundo ele, requer transparência por parte dos prestadores de serviços e exige que se esteja sempre buscando a incorporação eficaz de novas tecnologias, incluindo internet das coisas, inteligência artificial, blockchain e computação quântica, entre outras. “Nós, médicos, precisamos nos debruçar sobre isso, porque essas tecnologias vão modificar totalmente a maneira como trabalhamos”, constatou, ressaltando a importância de os profissionais de saúde se envolverem no desenvolvimento de novas tecnologias.

?

10.12.2018

Conteúdo Relacionado
Fale com a gente.